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Tin & Tina: A Crítica Por Trás do Filme

Writer's picture: Gabrielle HissaGabrielle Hissa

O novo filme de terror psicológico da Netflix!

Tin & Tina é um filme de terror psicológico, de produção Espanhola, dirigido e roteirizado por Rubin Stein. O diretor de cinema, que ao que tudo indica já tem intimidade com produções de terror e suspense, se inspirou no curta metragem produzido por ele em 2013, a sua primeira versão de Tin & Tina.


O filme conta a estória de um casal que sofreu um aborto e resolve adotar duas crianças de um convento, porém a obsessão delas pela religião começa a estranha-los. Na internet houve quem definiu o filme como "terror leve", "terror na medida", "terror psicológico"... houve também quem amou e quem não gostou tanto assim.


Concordo que esta produção não segue a linha da maioria dos filmes de terror: cheio de criaturas monstruosas, demônios e efeitos especiais.. Neste longa, o terror é trabalhado de forma sutil, aliado a uma crítica da interpretação distorcida e fora de contexto, que Tin & Tina fazem de textos religiosos.



A crítica por trás do filme

A questão é que, Tin e Tina, justificam suas atitudes - que por vezes tem "boas intenções", como ajudar a mãe depois que ela foi mordida pelo cachorro da família - através de pequenas passagens bíblicas, sem levar em consideração nem o contexto, nem a história. Digamos que as crianças não são as melhores no quesito interpretação de texto.


Mesmo com suas peculiares interpretações religiosas que se voltam para atitudes macabras, como mencionei, ao decorrer do filme, Tin e Tina exprimem motivações que parecem querer o bem. Elas chegam até mesmo a castigar a si próprias quando são repreendidas pelos pais. O que nos leva a um suspense contínuo durante o filme: estariam essas crianças fingindo boas intenções cometendo esses atos ou pior, elas realmente acreditam nisso?

O filme me fez refletir sobre como uma informação distorcida ou incompleta, passada adiante, pode ser perigosa. Seja lá qual for a área ou assunto! Para quem assistiu o filme, tentem imaginar Tin e Tina dando uma aula de História.. que perigo, meus amigos.. que perigo!


Algumas cenas mais para o final do filme por exemplo, mostram que no convento onde as crianças moravam as freiras recitavam versículos e frases soltas para elas repetirem, sem ensinamentos, provavelmente apenas para memorizarem. Sendo assim, como pudemos ver Tin e Tina tiraram suas próprias conclusões.



Final em Aberto


Justamente pelo filme trabalhar com essas nuances da inocência das crianças aliada a suas traduções fúnebres da religião que lhe é imposta. O roteiro foi fechado por Rubin Stein, propositalmente com o final em aberto. Em uma entrevista para CineyComedia, ele relatou que a ideia era justamente criar uma cena final que público tivesse as mesmas informações que a protagonista teve para assim, tomarem suas próprias conclusões.


E você, já assistiu? Se sim, quais foram suas conclusões desse final em aberto? Acha que Tin e Tina merecem outra chance?










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Gabi Hissa

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