Ela é sincera e sem filtro:
Na série a sinceridade genuína de Anne tende a assustar as pessoas a sua volta e por vezes, isso é visto como rebeldia. No entanto, para quem assiste, além de despertar risos, a sensação é de que ela está dizendo o que provavelmente nós já estávamos sussurrando do outro lado da tela, pra ela falar lá! E quando acontece, fica melhor do imaginamos, com a peculiaridade da personagem.
Super tagarela:
Essa é uma característica imprescindível na personagem, pois quanto mais ela fala, mais sincera fica, quanto mais sincera, mais sem filtro, quanto mais sem filtro, mais verdadeiro, mais detalhes, mais genuíno. E se o personagem me passa verdade, eu passo a acreditar nele.
Curiosa e cheia de perguntas:
Tá aí algo que todo mundo é pelo menos em algum momento da vida: curioso! Anne quer saber das coisas, não aceita não saber e vai atrás de respostas. Seja através do diálogo ou de ações. Isso nos prende na cena, porque essas novas “descobertas”, que partem de suas curiosidades, dão movimento a esse rio que é a cena, então ele nunca fica parado e eu como telespectador tenho sempre algo de novo para acompanhar. O que Anne quer descobrir pode não ser novo pra mim, mas se for novidade para ela, a reação dela ao descobrir isso, será uma novidade para mim.
Sonhadora e cheia de imaginação:
Esse elemento vem muito forte na personalidade de Anne e para quem não conhece a história da autora do livro, ela teve uma infância bastante solitária, por isso teve que aprender a desenvolver sua imaginação desde pequena. Sinto que esse traço em Anne veio muito daí. O fato é que, Anne ter essa personalidade criativa, sonhadora e cheia de imaginação, nos prende em sua perspectiva. Ela tem um olhar diferente sobre o mundo, algo que não estamos tão acostumados a ver e que talvez precisemos.
Inteligente e sempre tem algo a dizer:
Como ela mesma diz “grandes palavras são necessárias para expressar grandes ideias”. Anne não é uma inteligente comum, ela é uma garota inteligente cheia de belas e longas palavras na ponta da língua, justifica e argumenta suas ideias até o fim. Isso só aumenta o carisma dela.
Seu lado dramática:
Mais uma peculiaridade da personagem que dessa vez vem para explorar o exagero. Anne não fica apenas feliz, ela fica muito feliz, ela não fica com raiva, fica com muita raiva, assim como a sua tristeza não tem meio termo. Es algumas das frases cheias de drama que a garota usa para e expressar seu sofrimento ou indignação:
“Minha vida é um perfeito cemitério de esperanças enterradas”
“Se não me perdoar, esta pobre órfã sentirá tristeza por toda a vida”
“As obrigações podem ser uma prisão”.
E eu preciso dizer que McNulty soube fazer isso muito bem, entregar cenas carregadas de emoção: uma Anne que nunca estava médio, se estava com raiva, estava de fato com raiva, se estava feliz, estava com toda sua alma e quando estava em cena, estava sempre por inteiro.
Ela é humana:
Por último e mais importante Anne é humana. Ela nos traz esperança com sua positividade? Sim. Ela nos inspira com sua coragem? Com toda certeza. Nos faz rir com sua imaginação fértil e sua personalidade falante? Yes. Ela traz narrativas que inspiram temas e desafios atuais? Também. Mas acima de disso tudo ela é humana. Tenta, erra e tenta de novo. Ela tem certeza que está fazendo a coisa certa quando de repente, tudo vai por água abaixo, como quando ela tenta pintar o cabelo sozinha ou quando pública uma matéria no jornal da escola que deixa uma colega chateadíssima. Ela é corajosa? Sim. Mas também sente medo. E nós acompanhamos isso tudo. Acompanhamos os processos de Anne, os acertos, erros, aprendizados, picos de emoção, raiva, tristeza e alegria. Ela é humana.
“É engraçado como as pessoas rapidamente apontam as diferenças entre nós, mas somos tão parecidos de tantas formas.”
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