Com o poder estimular, cativar e exercitar todos os sentidos, o Teatro Contemporâneo tem todo o meu coração. Nele somos capazes de usar nossa criatividade sem colocar limites. Desde as artes plásticas, dança, música, textos, poesias, objetos.. Através do Teatro Contemporâneo uma mesma história pode ganhar vida quantas vezes quisermos, sempre de maneiras diferentes. Isso para mim, é mágico e eu o amo, muito antes de o conhecer pelo nome.
O Teatro Contemporâneo no Musical Dominguinhos: "Isso Aqui Tá Bom Demais"
Certa vez tive a oportunidade de fazer parte da plateia de um programa de TV aberta na Band. Durante a programação, o elenco do Musical Dominguinhos: "Isso Aqui Tá Bom Demais", cantaram algumas músicas. Eu fiquei impressionada e intrigada com como aquela apresentação mexeu comigo. Não era “apenas” um show musical com instrumentos e vozes, tinha algo ali que ia além. Algo que prendeu não só a mim, mas acredito que outras pessoas também.
Fui embora naquele dia completamente animada com o que eu havia assistido e ao mesmo tempo eufórica, pois não sabia como chamar aquilo. Não era apenas um show com canções, tinha algo a mais ali que não sabia dizer o que era. O tempo passou e depois de pesquisar, entender um pouco mais sobre a proposta do Projeto Dominguinhos e do elenco, entendi que não se tratava de um show de músicas ao vivo, mas de um musical. O que havia me tocado então, só poderia ser a junção da música e dos instrumentos com a interpretação. Puro Teatro Pós Dramático. Puro Teatro Contemporâneo.
Infelizmente não fui assistir ao musical, contudo ao prestigiar apenas a apresentação de algumas músicas ao vivo no programa da Band, fui tocada pela interpretação da atriz Luiza Fittipaldi que no Musical dá vida a cantora e compositora Anastácia. Fitti não apenas cantou, ela viveu o que cantava. Contou uma história cantada. Eu poderia ficar horas ali não só ouvindo, mas especialmente a assistindo.
Sou apaixonada por Teatro Contemporâneo. Pela liberdade que ele proporciona ao artista e também por como o desafia. Por como ele é capaz de nos fazer refletir através de diversos sentidos ao mesmo tempo ou em uma mesma obra. Admiro-o porque é completo e ao mesmo tempo fragmentado, infinito e inacabado. Nunca está vazio e mesmo assim sempre há espaço para mais. Há sempre um lugar para todos os artistas que nele desejam estar.
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